A gestão de transportadoras ainda representa um desafio considerável para algumas empresas, sobretudo para aquelas que estão iniciando suas operações no mercado de transporte de cargas.
Na tentativa de crescer rapidamente, alguns gestores cometem erros simples, mas que trazem grandes prejuízos para os clientes e para os negócios.
No artigo de hoje, listamos os sete erros mais comuns em gestão de transportadoras. Saiba quais são eles e qual é o impacto de cada um no seu negócio agora!
1. Negligenciar o planejamento estratégico
O planejamento estratégico deve ser o ponto de partida de todo o trabalho em gestão de transportadoras.
Sem a análise das potencialidades e dos riscos internos e externos ao negócio e sem a definição clara de objetivos e estratégias, é impossível realizar processos logísticos que tragam resultados mensuráveis e efetivos.
Além disso, a falta de planejamento estratégico compromete o desempenho da empresa como um todo, afetando o relacionamento e a fidelização de clientes, entre outros aspectos do negócio que são fundamentais para o seu crescimento.
Um dos processos logísticos mais prejudicados pela falta de planejamento estratégico é o monitoramento de cargas.
2. Não implementar o monitoramento de cargas
A fim de desenvolver a gestão integrada, as transportadoras devem considerar o monitoramento de cargas como uma prioridade.
Trata-se do processo de acompanhamento da carga em tempo real, desde a saída do estoque até a entrega no endereço de origem, reportando dados relevantes, como a velocidade do veículo e as condições da estrada e da carga, por exemplo.
Com esses dados, é possível readequar o planejamento de rotas, evitar ocorrências de roubo de cargas e agilizar as entregas, além de implementar outras vantagens que otimizam a gestão de transportadoras.
Outro erro comum relacionado à ineficiência no planejamento estratégico das transportadoras diz respeito ao sistema de fretes.
3. Excluir o sistema de fretes do planejamento
O sistema de gestão de fretes deve fazer parte do planejamento estratégico em logística, para que se possa ajustar as necessidades dos clientes às potencialidades da transportadora.
Sem o controle e atualização adequada do frete, acompanhando as variações de mercado, a transportadora pode ver cair o seu faturamento.
Por outro lado, não cometer esse erro garante, entre outras vantagens, a redução do desperdício de tempo durante o transporte e a utilização dos tipos de veículos mais adequados para os produtos e a região onde será feita a entrega.
Tanto o monitoramento de cargas quanto o sistema de fretes dependem do uso das ferramentas tecnológicas especialmente desenvolvidas para a logística. Entretanto, não investir em tecnologia ainda é outro erro bastante comum na gestão de transportadoras.
4. Não investir em automatização e tecnologia
A automatização da gestão de transportadoras é uma realidade inegável. Deixar de investir em programas, softwares e aplicativos capazes de tornar os processos mais ágeis e eficazes é um erro estratégico bastante prejudicial para os negócios.
Todos os processos de gestão em logística são beneficiados pelo uso das tecnologias disponíveis no mercado, garantindo benefícios como:
- menor atraso nas entregas;
- otimização de rotas;
- redução de custos;
- excelência no desempenho dos colaboradores, etc.
A personalização do atendimento aos clientes — que é um dos aspectos mais importantes para o sucesso na gestão de transportadoras — também é beneficiada pela tecnologia em logística.
Negar as demandas específicas de cada empresa é um erro estratégico bastante comum, que compromete o trabalho de fidelização de clientes feito pelo marketing e o crescimento do negócio.
5. Negar as necessidades específicas de cada cliente
É preciso dar atenção à demanda de cada empresa, considerando, além dos aspectos legais relativos ao transporte da carga:
- o tipo de produto;
- o volume de pedidos de entrega;
- a frequência de coleta.
Desse modo, é possível oferecer soluções que otimizem o transporte, estabelecendo os prazos, os tipos de veículo e as rotas ideais para cada cliente.
Ao evitar esse erro na gestão de transportadoras, a tendência é a diminuição no percentual de avarias nos produtos e de atrasos na entrega, entre outros problemas.
Todos esses dados devem orientar a tomada de decisão com base nos objetivos definidos no plano estratégico, sendo que ignorar a análise de resultados pode impedir o feedback e o consequente aprimoramento de todas as ações em gestão de transportadoras.
6. Ignorar a avaliação de resultados
A avaliação de resultados é parte importante do processo de planejamento estratégico e serve para avaliar o quanto os processos desenvolvidos estão permitindo que a empresa alcance os objetivos traçados anteriormente.
A lacuna estratégica deixada pela falta de um processo sistematizado e conciso de análise de cargas dificilmente é preenchida pela repetição das ações que não foram avaliadas e, por isso mesmo, não foram corrigidas.
Pelo contrário, a tendência é que se forme um ciclo de erros, no qual uma atitude equivocada dá início a outra, comprometendo o alcance da excelência em gestão de transportadoras de forma substancial.
7. Desconhecer a legislação aplicada à gestão de transportadoras
Por fim, o último erro que deve ser destacado diz respeito ao desconhecimento sobre a legislação referente ao transporte de cargas e à gestão de transportadoras no país. Uma gestão de transportadoras eficiente pressupõe, necessariamente, o conhecimento das principais normas e leis que regulamentam o setor de transporte de cargas no país.
É preciso entender, com clareza, o teor:
- da Lei do Transporte (lei 11.142/07);
- da Lei do Descanso (lei 12.619/12);
- da Lei do CIOT (resolução 3.658/11);
- de outras normatizações nas esferas municipal, estadual e federal.
Esse domínio é fundamental para que o transporte de cargas seja feito de maneira legal e segura.
De fato, conhecer a legislação aplicada ao transporte de cargas confere maior segurança às transportadoras no momento de negociar os contratos com seus clientes, evitando equívocos que comprometam não apenas uma entrega, mas o negócio como um todo.
Além disso, é importante lembrar que o descumprimento da legislação gera diversas penalidades para as empresas e suas transportadoras, capazes de prejudicar a reputação de todos os envolvidos.
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