No Brasil, a alta carga tributária e a variedade de tributos que incidem sobre as atividades de transporte e distribuição de produtos constituem um enorme desafio para as empresas que querem se destacar perante a concorrência.
Por isso, os gestores devem estar atentos a todos os fatores que podem otimizar os resultados dos processos logísticos executados no dia a dia organizacional, incluindo o planejamento tributário.
Confira, neste post especial, quais são as estratégias e as ações indispensáveis para que sua empresa possa fazer da logística tributária uma ótima oportunidade de economizar!
Quais os principais tributos que incidem sobre a cadeia logística?
O Brasil é um dos países com maior diversidade de normas tributárias aplicadas ao transporte e à distribuição de mercadorias, e os valores das taxas empregadas também estão entre os mais altos do mundo. Por exemplo, no âmbito municipal, todas as empresas devem recolher o Impostos sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN).
Já o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal (ICMS) é um tributo estadual que incide sobre uma série de fatores, incluindo os serviços de distribuição, recebimento e fornecimento de produtos.
O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), por sua vez, é um tributo federal que está entre as obrigações fiscais das empresas que atuam com produtos nacionais ou estrangeiros.
Existem, ainda, outros tributos federais cujo impacto sobre as operações de distribuição e transporte de mercadorias exige bastante atenção dos gestores no planejamento estratégico em logística, tais como a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).
Diante do contexto nacional da logística tributária, o planejamento fiscal torna-se um processo de extrema importância para as empresas, conforme você entenderá agora.
Afinal, qual a importância do planejamento tributário em logística?
No mercado brasileiro, a inexistência de uma legislação fiscal unificada para as atividades de distribuição e transporte de produtos faz com que o planejamento tributário em logística tenha uma enorme importância para as empresas.
Em meio às diferentes tarifas relativas aos impostos cobrados em cada estado, as empresas devem encontrar maneiras de reduzir os custos logísticos, implementando ações que otimizem os processos logísticos ao mesmo tempo em que garantem o cumprimento das obrigações legais.
Cabe aos gestores entender bem o funcionamento da estrutura tributária em cada estado onde a empresa mantém suas operações, avaliando os impactos das taxas e dos incentivos fiscais sobre a cadeia logística.
Esse processo consiste em avaliar e executar as melhores estratégias em relação ao planejamento de rotas, ao armazenamento de produtos e ao monitoramento de cargas, entre outras ações de logística integrada.
Dessa forma, a logística tributária pode se tornar uma medida preventiva, empregada no sentido de reduzir os custos em todos as áreas, ajudando as empresas a economizar.
Como fazer da logística tributária um fator de economia?
Para que a logística tributária possa, de fato, gerar economia para as empresas, é preciso partir de um planejamento que integre todas as áreas da organização com os processos logísticos, determinando o quanto a tributação de um determinado produto ou serviço pode impactar na geração de despesas.
Dessa forma, é possível implementar mecanismos que garantam o ótimo aproveitamento dos incentivos fiscais e demais recursos que permitem o melhor desempenho das empresas nas atividades de transporte de mercadorias.
Os incentivos fiscais são uma via de mão dupla, que oferece benefícios tanto para os estados e municípios — que conseguem atrair empresas e gerar renda —, quanto para as organizações — que encontram vantagens para otimizar os resultados do negócio.
Nesse sentido, é preciso contar com uma equipe de gestores bem capacitados, que conheça a realidade do planejamento tributário em logística e possa propor estratégias eficazes para a redução de gastos, garantindo o cumprimento de todas as obrigações legais impostas às empresas.
Para finalizar nosso post, vamos apresentar algumas estratégias que podem ser adotadas pelas empresas para fazer da logística tributária um fator de economia.
Quais as estratégias que a sua empresa pode colocar em prática?
Depois de realizar o planejamento tributário, chega o momento de colocar em prática as diversas ações propostas com o objetivo de conseguir a redução de custos logísticos, sempre agindo de maneira integrada aos demais processos operacionais e gerenciais da empresa.
Confira, a seguir, algumas estratégias que podem fazer a diferença em logística tributária, gerando economia e permitindo que as empresas alcancem melhores resultados no mercado.
Variar a distribuição geográfica das operações
Tendo em vista os diferentes incentivos fiscais oferecidos em cada estado brasileiro, as empresas podem sediar suas operações logísticas em locais distintos.
Um exemplo dessa ação relaciona-se com as diferentes alíquotas de ICMS cobradas, o que faz com que alguns estados sejam mais atrativos que outros.
Muitas vezes, as empresas optam por manter não apenas os centros de distribuição nos estados onde a carga tributária é menor, instalando-se definitivamente nesses locais.
Terceirizar os serviços logísticos
A terceirização dos serviços logísticos é uma tendência cada vez mais forte na atualidade do mercado brasileiro, que tem contribuído bastante para a redução de gastos.
Muitas empresas estão se especializando na prestação de serviços que envolvem o recebimento de mercadorias, o abastecimento da linha de produção ou a gestão de estoque.
Seja em relação à frota, ao armazenamento de produtos ou a qualquer outro processo logístico, é importante considerar bem as atividades cuja contratação de uma transportadora pode ser seguramente vantajosa, sobretudo em relação ao ISS.
Acompanhar de perto as mudanças em logística tributária
Atualmente, os impostos podem representar cerca de 50% dos custos logísticos de uma empresa, e alguns especialistas afirmam que esse percentual pode aumentar.
Por isso, os gestores responsáveis pelo planejamento fiscal das organizações devem acompanhar de perto as mudanças em logística tributária, procurando evitar as especulações e se antecipar às tentativas do governo de elevar as taxas impostas às empresas.
Uma das iniciativas válidas é a participação em entidades representativas, que possuem uma força maior junto aos legisladores e demais autoridades.
Portanto, você percebeu que fazer da logística tributária um fator de economia requer estudo, visão estratégica e capacidade de adaptação.
Você tem alguma dúvida sobre como elaborar as estratégias certas e gerar economia para sua empresa com a logística tributária? Deixe sua pergunta nos comentários!