A gestão da qualidade em logística é um dos fatores críticos para a empresa, sendo vital para que os processos de supply chain (cadeia de suprimentos) ocorram de forma eficaz. Por meio dela, é possível assegurar entregas mais rápidas, estoques dinâmicos e custos otimizados. Todavia, ela nem sempre é implantada e conduzida de modo efetivo, o que causa perdas para a organização em relação a tempo e custos.
Para ajudar você a otimizar esse aspecto dentro da sua cadeia logística, separamos as 5 principais dificuldades que gestores enfrentam nessa área, além de dicas para resolvê-las. Confira!
Por que é importante ter a gestão de qualidade como um objetivo?
A falta ou ineficiência no gerenciamento da qualidade constitui um dos principais problemas de logística, sendo capaz de ocasionar demoras, perda de desempenho e gastos desnecessários. Tudo isso impacta na satisfação dos consumidores, reduzindo-a e provocando prejuízos para o negócio.
A gestão da qualidade serve para parametrizar e delimitar os níveis de excelência aceitos pela empresa nos fluxos de trabalho. Esses níveis se tornam guias para os funcionários e gestores se basearem enquanto realizam suas atividades e para que também alcancem os resultados esperados pela organização.
Como a gestão da qualidade se aplica na logística?
Quando a gestão da qualidade é bem planejada e fundamentada em instrumentos de controle e monitoramento, é possível simplificar e melhorar processos logísticos, bem como contribuir para o aumento da produtividade. Isso demonstra que a gestão da qualidade não é mais opcional, tendo se tornado obrigatória para as empresas que desejam elevar seus resultados.
Na logística, graças a essas ferramentas que permitem medir e direcionar o andamento operacional, é possível demonstrar em quais etapas há necessidade de melhorias e quais os pontos passíveis de rupturas. Sem esses instrumentos e controles, fica impossibilitada a gestão e a obtenção de bons resultados.
Vale destacar que ela tem grande importância não só na área operacional, mas também na coordenação, direção e controle de um empreendimento. Graças a ela, é possível gerar melhorias nos produtos e serviços, além de fortalecer o atendimento ao cliente com base em práticas de excelência.
Quais são os 5 principais problemas na gestão da qualidade logística?
Existem alguns problemas que podem surgir na gestão da qualidade, ocasionando erros fatais e prejuízos que podem se alastrar por vários pontos de supply chain.
Para ajudar você a se precaver, separamos 5 dos principais, além de dicas para solucioná-los. Confira:
1. Falta de planejamento
Implantar a gestão da qualidade é importante, porém ela precisa ser corretamente estruturada para não se tornar ineficiente e ocasionar perda de tempo e dinheiro. Portanto, para que ela dê certo, é fundamental estabelecer um planejamento detalhado de todos os processos e acompanhar, permanentemente, se esse planejamento está sendo cumprido.
Para começar, é preciso deixar claro que um planejamento de sucesso começa a partir da alta direção, sendo necessário a aplicação de mudanças internas que possibilitem elevar a corporação a outro patamar. Os gestores precisam ter em mente quais metas, objetivos e índices de qualidade esperam. Esses fatores constituirão o planejamento estratégico.
Partindo dessa premissa, chegamos à etapa de alinhamento entre as equipes, as quais precisam ter uma definição clara das metas e caminhos a serem percorridos.
Elas podem participar desse processo de definição para otimizar as diretrizes, o que, em sequência, permitirá o estabelecimento de indicadores robustos e controles. Esses servirão para demonstrar a direção, as metas e as correções em casos de desvios dos focos principais definidos previamente.
Além do planejamento estratégico da alta direção, em que se define o escopo geral da organização, é importante ter planejamentos estratégicos setoriais. Eles ajudam a diagnosticar a necessidade de mercado, sendo importante possuírem metas, tempo de execução e acompanhamentos esperados para fomentar e manter o sucesso da empresa e dos seus clientes.
2. Falta de indicadores de desempenho
É fundamental ter indicadores de desempenho que reflitam os processos da empresa, o que demanda um amplo conhecimento dos processos internos.
Os principais KPIs, ou indicadores chaves de desempenho, devem refletir os valores estratégicos da empresa, garantindo o sucesso futuro da organização. Eles precisam ter por base pilares que envolvam qualidade, nível de serviço e custos operacionais.
Você pode estabelecer alguns indicadores principais para abarcar as metas estratégicas da empresa, tais como:
- índices de prazos de entrega;
- níveis de satisfação dos clientes;
- taxas de rupturas operacionais;
- índices e controles de ociosidade;
- níveis de custos operacionais.
3. Falta de profissionais de supply chain qualificados
A cadeia logística tem o foco na integração ou junção das etapas logísticas — e o transporte é apenas uma delas. Contudo, ele é tão fundamental quanto o desenvolvimento e produção de um produto, sua estratégia comercial e sua disponibilidade no mercado.
Uma equipe de supply chain qualificada é essencial para garantir uma integração perfeita entre esses elos e a todos os membros e processos de suprimento, dando a devida importância ao transporte e armazenagem. Isso proporcionará o equilíbrio e qualidade entre fornecedores e clientes.
Por esse motivo, é fundamental contratar profissionais especializados que possam contribuir com a gestão da qualidade.
Além disso, é necessário fazer com que a equipe absorva a cultura empresarial e conheça o modo mais adequado de realizar os processos. Ela também precisa ter consciência dos resultados que as perdas causam para o empreendimento. Isso colabora para a excelência nas rotinas logísticas, pois serão colaboradores capacitados e conscientes que as realizarão.
4. Falta de agilidade no transporte de cargas
O transporte de cargas é um dos pontos-chave da cadeia de suprimentos, merecendo atenção especial. A gestão da qualidade precisa definir instrumentos que permitam otimizar essa área, sob risco de impactar e tornar menos eficientes os demais processos logísticos que com ela interagem ou dela dependem.
Para otimizar esse setor e conseguir aumentar os níveis de satisfação dos clientes, é interessante contratar uma transportadora de cargas qualificada, apta a assegurar agilidade e segurança na entrega dos produtos. Ela precisa ser capaz de atender, de forma efetiva, as demandas dos clientes, especialmente em épocas de maior sazonalidade de vendas.
Outro ponto importante é o fator tecnológico. Isso acontece porque, em um mundo globalizado, as exigências impõem que as relações de consumo sejam cada vez mais competitivas, o que, por si só, faz com que o investimento em tecnologia seja primordial para o sucesso das entregas.
Por isso, é importante contratar uma transportadora que realiza investimentos altos em ferramentas tecnológicas que vão além de inovações — mas que também entregam informações rápidas, precisas e seguras, bem como constantes atualizações e cumprimentos legais.
Outro recurso importante é o rastreamento logístico, operacional e também de processos, o qual garante a perenização da empresa e, principalmente, proporciona soluções diferenciadas aos clientes.
5. Falta de tecnologia especializada
Além de contar com uma transportadora que invista em tecnologia para agilizar o transporte, é vital que a própria organização dê atenção especial para a tecnologia.
Sendo assim, é essencial contar com sistemas de automação e outras ferramentas tecnológicas voltadas para a gestão da qualidade na logística. Por exemplo, um sistema/software robusto (ERP) permite a gestão integrada e confere maior confiabilidade ao negócio da empresa.
Ele pode entregar informações em tempo real e melhorar o controle e gerenciamento de dados. Também colabora para tomadas de decisões rápidas, otimização de desperdícios e aumento do aproveitamento do tempo, o qual é obtido graças a uma padronização dos serviços.
É possível encontrar funcionalidades importantes de roteirização de cargas. Para essa finalidade, leva-se em consideração gastos com combustíveis, pontos de parada, condições de trânsito, entre outras variáveis que tornam o planejamento de percursos mais eficaz e produtivo.
Há ainda programas de inteligência de dados, que colaboram para decisões mais acertadas dos gestores, e regras de negócio parametrizadas, ambos com foco também no mercado. Programas que permitem a redução de riscos, mitigação de falhas e controle na busca contínua de melhorias também são importantes para diminuir problemas internos.
Vale destacar que não basta somente implantar um software, é importante também ter um programa de atualização constante e de melhoria contínua com base em novas tecnologias para acompanhar as novidades do mercado.
Como visto, a gestão da qualidade é essencial para os processos logísticos mais importantes da cadeia de suprimentos, sendo essencial para que sejam realizados de modo eficaz e com bons resultados. Quando ela é corretamente conduzida, atividades como transporte, estocagem e entregas podem ser otimizadas, gerando resultados positivos para a empresa.